terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Castanhas de Ovo e Amêndoa


No último dia do ano chega também a última receita deste ano, e que é a publicação número 200 deste blog, algo que muito me apraz! Quero agradecer a todas e todos os que visitam este cantinho, que comentam as receitas, e que deixam um pouco de si de cada vez que aqui passam. Desejo a tod@s um excelente ano! Espero que 2015 seja um ano doce e aconchegante!
É tempo de festa (na minha família, a tradição manda que a árvore de Natal fique a piscar até ao dia de Reis, e há reunião familiar na véspera!), e por isso deixo-vos, como não poderia deixar de ser, com uma sugestão doce. 

Castanhas de ovos e amêndoa
(a inspiração veio daqui)

Usei:

150 gr de amêndoa pelada ralada
250 gr de açúcar mascavado em pó
80 ml de água
1 pau de canela
9 gemas de ovo
Açúcar em pó para polvilhar

Fiz assim:

Coloquei a água, o açúcar e o pau de canela num tachinho, mexi até o açúcar começar a dissolver, e levei o tachinho ao lume, até que se começasse a formar uma calda. Entretanto, separei as gemas de ovo das claras. Guardei as claras num recipiente hermético no frigorífico, para utilizar numa outra receita. Mexi as gemas com um garfo, juntei-lhe a amêndoa, e adicionei este preparado à calda de açúcar, envolvendo bem todos os ingredientes, e deixei cozer durante cerca de 20 minutos, mexendo sempre, até que se começou a formar um creme espesso. Desliguei o fogão e deixei que o creme arrefecesse. Coloquei num recipiente, tapei e deixei no frigorífico, de um dia para o outro. 
Quando chegou a hora de servir estas pequenas maravilhas, retirei a mistura do frigorífico e, com as mãos molhadas, tendi pequenas bolas, que coloquei em forminhas de papel plissado. Polvilhei com açúcar em pó, e distribuí sorrisos doces por quem quis acolhê-los na noite de Natal! :)

Fiz este doce para o Natal, mas parece-me que ficará bem também na mesa de Passagem de Ano, ou na Páscoa. Para a próxima vez que as fizer, vou levar ao forno, na função grill, por uns instantes, só para lhes dar um aspecto mais "tostadinho". E talvez resulte mais bonito polvilhar o açúcar em pó através de uma peneira do que espalhá-lo com a ajuda tão só dos dedinhos... Mas a pressa assim o ditou! Perdoam-me? Afinal, era Natal, ninguém leva a mal! :)


FELIZ 2015!

"Won't you write a letter
On the page
In your own way"







Empadão de Peixe com Acelgas e Caril




Num destes dias de preguiça entre o Natal e a Passagem de Ano, estava a ver no 24Kitchen um dos programas do Jamie Oliver, em que ele se propunha a fazer uma tarte de peixe com caril e espinafres. A ideia pareceu-me tão boa, que foi isso que cozinhei ao jantar desse mesmo dia! Fiz este prato com os ingredientes que tinha em casa, e, honestamente, não anotei a receita do Jamie, embora me recorde de o ter visto usar camarão e ovo cozido, que eu não tinha, e por isso não utilizei estes ingredientes. Registei mentalmente a ideia do prato, e voei para a cozinha! J


Usei:

2 medalhões de pescada
1 filete de salmão
Um molho de acelgas
Uma cebola
Um dente de alho
Metade de uma lata de leite de coco
Metade de uma embalagem de cogumelos de Paris frescos
caril em pó
piri-piri
sal
uma folha de louro
azeite
sumo de limão
uma embalagem de puré congelado
leite


Fiz assim:

Comecei por preparar o puré, de acordo com as instruções da embalagem (usei uma embalagem de um kilo de puré, e a quantidade de leite requerida nas instruções de preparação), e reservei. Refoguei a cebola e o alho no azeite, e juntei uma folha de louro. Quando a cebola começou a ficar translúcida, adicionei os cogumelos e as acelgas, lavadas e cortadas em juliana. Temperei de sal, e deixei cozinhar até amolecerem. Temperei com uma pitada de piri-piri e uma colher de sopa de pó de caril. Mexi para envolver as especiarias no preparado, e depois adicionei o leite de coco. Deixei cozinhar até que fervesse, e o molho engrossasse um pouco. Espremi o sumo de meio limão para cima deste preparado, e envolvi bem. Desliguei o fogão e deixei cozinhar até que parasse de borbulhar. Cortei o peixe em cubos e adicionei-os ao preparado. Coloquei esta mistura numa tarteira de ir ao forno.
Pré-aqueci o forno a 200 graus. Coloquei o puré num saco de plástico e cortei-lhe um bico numa das pontas. Fui espremendo o saco, para criar pequenas rosetas de puré em coma do caril de peixe e acelgas. Por fim, reguei com um fio de azeite, e levei ao forno durante 40 minutos, até o puré dourar.

Cá em casa adoramos!


domingo, 21 de dezembro de 2014

Pinheiro de Chocolate



Na mesa de Natal da minha família, o chocolate não era uma tradição. Pois, não era, mas já há uns anos que esta iguaria que eu tanto adoro tem sido uma presença habitual à mesa, porque para mim não fazia sentido que não houvesse chocolate nesta época tão especial. Assim, introduzi uma nova tradição natalícia: um bolo de chocolate, em forma de pinheiro!

Usei:

1 chávena de chocolate em pó
2 chávenas de farinha de trigo com fermento
2 chávenas de açúcar mascavado
1/2 chávena de óleo de girassol
1 chávena de água a ferver
1 colher de chá de fermento em pó
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
1 colher de café de canela em pó
5 ovos

Para a cobertura e decoração:

200 gr de chocolate para culinária
200 ml de natas
1 colher de café de essência de baunilha
Cerejas cristalizadas
Confeitos de açúcar natalícios


Fiz assim:

Separei as gemas das claras. Coloquei as gemas numa taça, juntei o açúcar e bati com a batedeira, até obter um creme fofo e liso. Adicionei o chocolate em pó, o óleo e a água. Bati estes ingredientes até estarem todos bem ligados. Juntei o bicarbonato, a canela e o fermento à farinha, e incorporei esta mistura no creme, alternando com as claras previamente batidas em castelo. Untei a minha forma de pinheiro com manteiga e polvilhei-a com farinha. Transferi o preparado para a forma e levei ao forno, pré-aquecido a 180º, e deixei cozer durante 40 minutos. Assim que o bolo cozeu, retirei-o do forno, desenformei, e deixei que arrefecesse. Entretanto, preparei a cobertura. Parti o chocolate em quadrados, coloquei-o numa taça que pode ir ao micro-ondas, e juntei-lhe as natas e a baunilha. Levei ao micro-ondas, em temperatura média, até o chocolate derreter. Durante este processo fui estando vigilante, e de vez em quando retirava a taça do micro-ondas, e mexia a mistura, para evitar que o chocolate queimasse, e para homogeneizar o creme de chocolate. Depois de o chocolate estar derretido, e de ter obtido um creme uniforme, espalhei-o sobre o bolo. Por fim, decorei o meu bolo pinheiro com os confeitos natalícios, as cerejas e uns enfeites de Natal.

Merry Xmas!! 







quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Creme de Cherovia com Abóbora e Especiarias





Já cheira a Natal. Afinal, ele está aí mesmo ao virar da esquina. Se é certo que a minha cabeça está  já focada na selecção dos doces para a quadra, não é menos verdade que, até lá, é necessário cuidar do estômago, de modo a que este aguente os excessos típicos da época. Para tal, sugiro a simplicidade deste creme de cherovia (também conhecida como pastinaca) com abóbora, ao qual se juntou o toque das especiarias tipicamente natalícias, o gengibre e a canela, só para lhe conferir um "cheirinho" da época. E como eu gosto desta época! E de sopa também. 

Usei:

Uma cherovia de tamanho médio, descascada e cortada em fatias
200 gr de abóbora descascada e cortada em cubos
Uma cebola
Um dente de alho
Azeite
Água
Sal, pimenta preta, canela em pó, gengibre em pó


Fiz assim:

Descasquei a cebola e o dente de alho, cortei-os em fatias, e levei a alourar no azeite, previamente aquecido numa panela. Adicionei a cherovia e a abóbora e deixei cozinhar durante dois minutos, em lume brando, Temperei com sal, e cobri os legumes com água. Assim que ferveu, contei 20 minutos. Passado este tempo, passei a sopa com a varinha mágica, até ficar muito cremosa. Reguei com um fio de azeite, e polvilhei com um pouco de pimenta preta, de canela em pó, e de gengibre em pó.
Resultou num creme extremamente aveludado, e muito saboroso. Uma sopa perfeita para combater o frio que se tem entranhado em nós nos últimos dias. Uma sopa perfeita para uma época perfeita. Ou, simplesmente, uma sopa!





quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Couve Recheada com Alheira Vegetariana



Hoje está um belo dia de Outono. Está frio, mas o sol brilha, e embora seja um brilho pouco intenso, brilha o suficiente para invadir a sala,  e aquecer o coração e a casa. Gosto de dias assim, em que posso ficar a trabalhar em casa, no quentinho, a ver o sol brilhar através da janela, e a deixar-me aquecer pela sua luz.
Para o almoço, preparei uma coisa simples e rápida, com muito poucos ingredientes, mas saborosa e quente, como o sol que brilha lá fora.


Usei:

Uma grande folha de couve penca (usei de agricultura biológica)
Uma alheira vegetariana
Um fio de azeite
Salsa
Água
Sal marinho
Pimenta de Caiena


Fiz assim:

Coloquei água a ferver num jarro eléctrico. Entretanto, lavei muito bem a folha de couve, e coloquei-a, inteira, num tacho. Temperei-a com um pouco de sal marinho, e assim que a água ferveu, cobri a couve com água. Levei o tacho ao lume, e depois de levantar fervura, deixei cozer durante dois minutos. Passado este tempo, retirei o tacho do lume, e deixei que a couve repousasse lá dentro. Levei ao lume uma frigideira anti-aderente, e quando estava bem quente, nela grelhei a alheira, durante 3 minutos. Virei a alheira do outro lado, e deixei cozinhar por mais 3 minutos. Findo este processo, escorri muito bem a couve da água, e coloquei-a num prato. Abri a alheira e, com a ajuda de uma colher de sopa, separei o interior da película que a envolve. Rejeitei a película e dispus o "miolo" no centro da folha de couve. Dobrei as pontas da couve sobre o interior, obtendo, assim, um rolo. Reguei com um fio de azeite, polvilhei com um pouco de pimenta caiena e salsa picada, e servi-me. Sentei-me no sofá e comi, enquanto o sol que entrava pela janela me abraçava com os seus raios tímidos.





sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Bolinhos de Batata Doce e Chocolate



Tenho para mim que chocolate é sempre bom, seja de que modo for. Nos últimos dias muito se tem especulado sobre a escassez das produções de cacau, do eventual esgotamento, a curto prazo, deste ingrediente precioso. No que me diz respeito,recuso-me a acreditar nessa visão apocalíptica, nem que seja por ser simplesmente incapaz  de conceber a existência de um mundo privado de chocolate! Influenciada por este frenesim, ou não, ultimamente tenho testado receitas doces que combinam legumes e chocolate, desde bolo de beterraba com chocolate a bolo de cenoura com cobertura de chocolate. Ambas as versões me convenceram, absolutamente deliciosas! Todavia, costuma dizer-se que à terceira é de vez, e esta terceira experiência de misturar legumes com chocolate foi, indubitavelmente, aquela de que mais gostei: batata doce e chocolate! Uma combinação inusitada, que vislumbrei aqui, e que soube, de imediato, que teria de experimentar. 
Resolvi fazer pequenos bolinhos, em vez de um só bolo, e adaptei a receita à quantidade de ingredientes que tinha em casa. O resultado desta experiência? Uns bolinhos incrivelmente leves, fofos, cremosos... Maravilhosos! :)

Usei:

400 gr de batata doce assada
100 gr de açúcar mascavado claro
100 gr de chocolate com 51% de cacau (usei da marca Lindt, e recomendo!)
1 colher de chá de aroma de baunilha
1 colher de chá de fermento
1 colher de sopa de óleo de côco
2 ovos

Fiz assim:

Lavei a batata doce e, sem retirar a casca, embrulhei-a em folha de alumínio, e levei a assar no forno, a 200º, durante 40 minutos, até que ficasse cozinhada. Retirei do forno, deixei arrefecer, e descasquei-a. Coloquei a batata no processador, e triturei-a até que ficasse em puré (que ficou com um tom lindo de laranja!). Depois juntei os ovos, e voltei a triturar. Entretanto, levei o chocolate a derreter, com o óleo de côco, no micro-ondas, durante 2 minutos, em temperatura média. Retirei do micro-ondas, e reservei. Adicionei ao puré de batata doce e ovos o açúcar, o fermento e a baunilha. Bati durante dois minutos, e depois acrescentei o chocolate derretido, que envolvi na mistura, recorrendo à ajuda de uma espátula. Dispus esta massa em forminhas de papel plissado, e levei a cozer em forno pré-aquecido, regulado nos 180º, durante 20 minutos. Após esse tempo, desliguei o forno, e deixei que os bolinhos repousassem lá dentro por mais 10 minutos. 

Um bom e doce fim de semana, com muito chocolate (não vá ele acabar mesmo!;) Será que vai mesmo? Oh, perhaps, perhaps, perhaps! :)





quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Bolinhos de Claras e Côco com Chocolate e Chia


Depois de um Verão tardio, já em pleno Outono, com temperaturas a rondar os 30º em finais de Outubro, eis que o Outono se instalou, e sem aviso prévio. Depois de duas semanas de sol esplendoroso, de calor típico do Verão, de sandálias, mergulhos no mar e leituras em esplanadas, chegou o frio, e de forma súbita, inesperada, sem uma passagem intermédia que suavizasse esta transição. Bem, "it's a funny time of year", mesmo! E eu até gostei da mudança... 
Num destes últimos dias mais frios e chuvosos, liguei o forno, e preparei estes bolinhos, com sobras de claras de um leite-creme. Como cá em casa somos grandes apreciadores de chocolate, acrescentei aos bolinhos algumas pepitas de chocolate, e também lhes juntei sementes de papoila e de chia, porque gosto do efeito visual que conferem aos pães, bolos e bolinhos. Era suposto terem durado até ao lanche do dia seguinte, mas infelizmente só sobreviveram até ao final do dia. :)

Usei:

3 claras de ovo
120 gr de côco ralado
100 gr de açúcar
3 colheres de sopa de pepitas de chocolate
1 colher de chá de sementes de papoila
1 colher de chá de sementes de chia


Fiz assim:

Pré-aqueci o forno a 180º. Numa taça, misturei o côco com o açúcar e as sementes, com a ajuda de um garfo. Juntei as claras, e voltei a misturar tudo com um garfo. Por fim, envolvi as pepitas de chocolate na massa. Dispus colheradas de massa em forminhas de papel plissado, tendo o cuidado de não encher até ao limite, para que, uma vez no forno, não transbordassem. Coloquei os bolinhos num tabuleiro, e levei ao forno, durante 15 minutos, até dourarem. 

E pronto, assim se iniciou um Outono feliz! :)





quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Arroz de Camarão Tigre





Julgo que o meu apreço por pratos de marisco não seja uma novidade por aqui. Há dias, numa visita a um supermercado, não resisti a uns belos camarões tigres, já cozidos, que habitavam a banca da peixaria. Não sou grande fã do camarão que se adquire já cozido, prefiro prepará-lo em casa, mas estes estavam com um aspecto tão fresco e convidativo, que tive de trazer alguns comigo. Com uma parte deles, fiz este saboroso arroz.

Usei:
para duas pessoas


4 camarões tigre previamente cozidos
1 chávena mal cheia de arroz agulha
2 chávenas e meia de água quente
3 colheres de sopa de polpa de tomate
metade de um cubo de caldo de marisco
uma cebola
um dente de alho 
um tomate maduro, sem pele
sal q.b.
uma pitada de piri piri moído
Azeite
umas folhinhas de coentros


Fiz assim:

Cobri o fundo de um tacho com azeite. Descasquei e piquei a cebola e o alho, e refoguei-os no azeite, até alourarem ligeiramente. Cortei o tomate em pequenos cubos, e juntei-os ao refogado. Deixei cozinhar durante cerca de 3 minutos, mexendo de vez em quando, para não pegar no fundo. Coloquei no tacho o arroz, a polpa de tomate, o cubo de caldo de marisco e a água. Tapei e deixei cozer durante 10m, em lume brando. Enquanto o arroz cozia, descasquei e cortei em pedaços dois dos camarões. Quando o arroz estava quase cozido, destapei o tacho, adicionei os pedaços de camarão, ajustei o sal e adicionei uma pitada de piri piri moído. Servi com coentros picados, e um camarão inteiro. 
O arroz ficou bastante caldoso, porque gosto deste tipo de prato com esta característica, mas claro que é possível ajustar a quantidade de água, para quem preferir um arroz mais seco.









sábado, 18 de outubro de 2014

Tarte de Maçã e Ameixa





Tenho uma colecção de livros de receitas com uma dimensão considerável. Também tenho muitas revistas de culinária. Gosto de coleccionar estas preciosidades. Gosto de folheá-las, de "estudá-las", e de testar esta ou aquela receita, ou então de combinar partes de receitas diferentes e dar origem a uma nova criação. Um dos livros de culinária que mais gosto é o da Popina, "Iguarias Saudáveis". Se são saudáveis ou não, não tenho a certeza, mas trata-se, definitivamente, de iguarias! Todas as receitas deste livro que já fiz saíram perfeitas! 
A tarte que trago hoje foi adaptada deste fantástico livro. Efectuei algumas alterações, como quase sempre. E não podia estar mais satisfeita com o resultado! É uma tarte maravilhosa, que fica muito bonita, é rica em sabores e nutrientes, e tem uma textura muito cremosa e bem fofa. 


Usei:

Uma base de massa areada (comprei já pronta a usar)
Uma base de massa fofa
Duas maçãs com casca, sem caroço e cortadas em fatias
Seis ameixas vermelhas, com casca, sem caroço e cortadas ao meio
Uma mão cheia de mistura de frutos secos (opcional)
Canela em pó
Cardamomo em pó
Geleia de espelta q.b., para pincelar a tarte

Para a massa fofa:

45 gramas de manteiga de soja
90 gramas de açúcar amarelo
1 ovo pequeno
1 colher de chá de fermento em pó
90 gramas de farinha sem fermento


Fiz assim:

Liguei o forno a 160º. Retirei a massa areada da embalagem, e com ela forrei uma tarteira (usei o papel vegetal que envolve a massa), e reservei. No robot de cozinha, bati a manteiga de soja com o açúcar, até obter um creme homogéneo. Juntei o ovo e bati novamente. Depois juntei ao creme, aos poucos, e envolvendo com uma colher de pau, a farinha e o fermento. Espalhei este creme por cima da base de massa areada. 
Lavei, sequei e arranjei as maçãs e as ameixas. Espalhei a fruta por cima da massa fofa, procurando distribuí-la de uma forma uniforme e harmoniosa. Polvilhei com uma pitada de canela e de cardamomo em pó. Tinha num armário um pacote de mistura de frutos secos aberta, e resolvi aproveitá-los nesta tarte: por cima das maçãs e ameixas, dispus algumas passas, avelãs e nozes. 
Levei a tarte ao forno, durante 40 minutos. Após este tempo, retirei a tarte do forno, e deixei arrefecer durante uns minutos. Aqueci três colheres de sopa de geleia de espelta no micro-ondas, e pincelei a tarte com esta geleia, que a tornou mais doce, e muito brilhante. 


Bom fim de semana!



quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Panquecas com Marmelos Assados em Molho de Especiarias


Outono (e como eu adoro o Outono!) é tempo de castanhas assadas, dióspiros, abóboras, romãs, marmelos, de doce de abóbora, de marmelada e geleia de marmelo. Mas nem só na marmelada e geleia se usam os marmelos. Ontem assei-os no forno, para sobremesa, e com as sobras, fiz umas deliciosas panquecas para o pequeno-almoço de hoje!

Para as panquecas (fiz duas), usei quatro colheres de sopa deste preparado, a que adicionei uma colher de chá de sementes de linhaça dourada moída, uma colher de café de sementes de chia, e leite de soja suficiente para originar um creme espesso. Untei uma frigideira anti-aderente quente com um pouco de manteiga, e dispus colheradas do creme, dando-lhes o formato de uma panqueca. Assim que as panquecas douraram de um dos lados, (cerca de um minuto), virei-as com uma espátula e deixei cozinhar do outro lado. Quando estavam prontas, retirei-as para um prato, dispus por cima os marmelos assados, reguei com o molho e com um pouco de maple syrup, e terminei com açúcar em pó, um toque de canela em pó, e raspas de laranja.

Marmelos Assados em Molho de Especiarias:

Usei:

Quatro marmelos pequenos
Sumo de uma laranja
Um pau de canela
Uma colher de sobremesa de canela em pó
Uma colher de café de cardamomo em pó
Três colheres de sopa de açúcar mascavado claro


Fiz assim:

Lavei e raspei a casca dos marmelos. Cortei-os em gomos, e retirei-lhes o caroço. Reguei-os de imediato com o sumo de laranja, para não oxidarem. Polvilhei com a canela e o cardamomo, envolvi-os com o açúcar, acrescentei o pau de canela, e levei-os a assar no forno, dentro de uma taça de barro, durante 40 minutos, a 200º. 

Ficaram muito bons como sobremesa, e adorei juntá-los hoje, depois de amornados no micro-ondas, às panquecas do pequeno-almoço!





quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Tarte Pastel de Nata



Julho, Agosto e Setembro, os meses de Verão. Julho, Agosto e Setembro, os meses que passei praticamente "enclausurada" em casa, a concluir a minha tese. Foi um Verão completamente diferente dos outros, desta feita passado a trabalhar, e longe dos habituais prazeres da época: a praia, os livros lidos em esplanadas, os mergulhos no mar e na piscina, os passeios, as viagens, os festivais de Verão, os convívios ao ar livre com os amigos e a família. E quando o Outono chegou, e o Verão findou, eu terminei a tese, e o meu Verão chegou. Agora é tempo de celebrar e nutrir a alma, e até o calor que se tem feito sentir ajuda! :)
Celebração que é celebração tem de ser doce. A primeira coisa que fiz, no meu primeiro dia de liberdade pós-tese, foi ir dar um mergulho no mar. No segundo dia, fiz esta tarte pastel de nata, com algumas alterações (como não podia deixar de ser!:).

Usei:

Uma base de massa quebrada
300 ml de leite meio gordo
200 ml de natas para bater
100 gr de açúcar
25 gr de farinha de trigo
25 gr de amido de milho
5 gemas de ovo
Casca da metade de uma lima
2 paus de canela

Fiz assim:

Pré-aqueci o forno a 180º. Numa taça, misturei, com a ajuda de uma colher de pau, a farinha e o amido de milho com o açúcar. Separei as gemas de ovo das claras. Guardei as claras, e juntei as gemas à mistura de farinha, amido e açúcar. Mexi até que os ingredientes se ligassem. Num copo misturador, juntei o leite com as natas, e, aos poucos, fui juntando esta mistura líquida à combinação de ingredientes sólidos, mexendo sempre, até que tudo ficasse bem ligado. Por fim, adicionei a casca de lima e os paus de canela. Coloquei o preparado dentro de um tacho, e levei a lume brando. Fiquei a mexer sempre, até a misturar encorpar e se transformar num creme. Entretanto, forrei o fundo de uma tarteira com papel vegetal, e sobre ele dispus a massa quebrada. Piquei a massa com um garfo, e levei-a ao forno, durante dez minutos. Retirei a massa do forno, e sobre ela verti o creme. Levei a tarte ao forno durante 30 minutos. Nessa altura, a massa já estava dourada, e o creme estava firme e havia ganho um belo tom dourado-acastanhado. Serviu-se polvilhada com canela em pó. 
Estava muito boa, mas para a próxima vez vou substituir a massa quebrada por massa folhada, julgo que a tornará mais parecida com o nosso tão delicioso e tipicamente português pastel de nata.

E assim dou as boas-vindas ao "meu Verão"!






quarta-feira, 30 de julho de 2014

Carpaccio de Curgete e Pepino com Requeijão e Vinagrete de Mel




Tenho saudades de ter tempo livre para cozinhar com calma, fotografar os pratos e depois partilhá-los neste cantinho, que anda tão abandonado! Estou na recta final de um projecto profissional e académico de grande dimensão e, nessa medida, muito absorvente. Pouco tenho cozinhado, as minhas refeições têm-se concentrado sobretudo, em sopas, saladas, muita fruta da época, algumas latas de atum e sardinha, pão, iogurtes, e demais coisas de fácil acesso e rápida preparação e apropriação. 
Para mim, neste Verão não haverá praia, não haverá pausa para férias. Mas como se costuma dizer por aí "the best is yet to come", e espero que o meu adorado Outono me traga a paz de espírito da tarefa cumprida, e o almejado tempo livre para descansar, cozinhar e publicar!
Entretanto, fica a sugestão de um carpaccio vegetariano, leve e saboroso, para sentir um pouco do Verão, nem que seja no prato!

Usei:
(para uma pessoa)

Metade de uma curgete pequena
Metade de um pepino pequeno
Um tomate 
Metade de um requeijão de ovelha
Tiras de pimento verde
Cebolinho fresco
Azeitonas
Sementes de chia

Para o vinagrete:

Uma colher de sopa de azeite
Uma colher de chá de mel
Uma colher de chá de vinagre aromatizado com mel
Sal refinado
Pimenta preta


Fiz assim:

Lavei o tomate, o pedaço de pimento, o pepino e a curgete. Sequei-os e cortei-os em fatias muito finas, que dispus no prato de servir.  Misturei, num pequeno frasco, todos os ingredientes do molho, agitei bem, e reguei os legumes fatiados com este vinagrete. Esfarelei o requeijão e juntei-o ao carpaccio. Temperei o requeijão com um pouco de sal refinado e pimenta preta. Salpiquei com cebolinho fresco cortado (que, na minha opinião, liga lindamente com o requeijão!) e sementes de chia (apenas porque gosto muito do efeito visual; o seu uso aqui é facultativo!). Juntei algumas azeitonas, e comi na varanda, para desfrutar do sol por uns instantes! :)



segunda-feira, 21 de julho de 2014

Salada com Pêssego Grelhado e Halloumi




Do que mais gosto no Verão? Não, não é do calor, nem de passar o dia na praia. É mesmo da fruta! E tento aproveitar ao máximo as texturas e sabores da maravilhosa fruta que esta estação do ano nos oferece, como fiz nesta salada.

Usei:

Mistura de folhas para salada (alface, agrião, alface roxa)
Um pêssego maduro
Quatro fatias de queijo halloumi
Metade de um tomate chucha
Tiras de pimento vermelho assado em conserva
Azeite, sal e pimenta preta
Tomilho
Sementes de chia

Para o molho:

Duas colheres de sopa azeite
Uma colher de sopa de sumo de limão
Sal refinado q.b.
Pimenta Preta q.b.
Uma colher de café de mostarda de Dijon
Uma colher de chá de xarope de agave

Fiz assim:

Aqueci uma frigideira anti-aderente, e nela verti um fio de azeite. Descasquei o pêssego, retirei-lhe o caroço, cortei-o em fatias, e dispus as fatias na frigideira. Temperei de sal, pimenta e algumas folhas de tomilho seco. Deixei grelhar durante dois minutos de cada lado, retirei da frigideira e reservei. Cortei quatro fatias de queijo halloumi, com cerca de 0,5 cm de espessura, e grelhei-as na mesma frigideira, durante dois minutos de cada lado, até o queijo amolecer. Temperei com uma pitada de pimenta preta (não usei sal para temperar o queijo, que já contém sal), e retirei-o da frigideira. Lavei o tomate e cortei-o em gomos, que dispus no prato de servir. Juntei-lhe as folhas para salada, e algumas tiras de pimento assado. Acondicionei as fatias de queijo e de pêssego grelhado por cima da mistura de folhas e tomate. Num frasquinho, coloquei todos os ingredientes do molho, tapei o frasco e agitei bem, até obter uma emulsão. Verti este molho sobre a salada, polvilhei-a com sementes de chia, e servi.







domingo, 6 de julho de 2014

Doce de Colher de Custard, Banana, Bolacha e Chocolate




Chegou o Verão, ainda que timidamente, com muito vento e alguma chuva. As temperaturas ainda não são as que almejamos nesta época, mas já é possível andar de t-shirt, um casaco leve, e arrumar as botas. É tempo da melhor fruta do ano (suspiro a pensar nas cerejas, nas meloas, nas melancias, nas pêras de S. João, nas ameixas, nos pêssegos... Tão bom!! :), e também dos semi-frios e sobremesas de colher. Aqui está uma sugestão para uma sobremesa fresca e deliciosa!


Usei:

Duas colheres e meia (de sopa) de creme Custard
500 ml de leite magro frio
3 colheres de sopa de açúcar
1 casca de limão
1 pau de canela
50 gr de manteiga
1 pacote de bolachas de canela
1 banana
100 gr de chocolate preto para culinária
Leite magro extra, para ajudar a derreter o chocolate


Fiz assim:

Comecei por triturar as bolachas no processador, até ficarem numa espécie de areia fina. Forrei o funda da taça de servir com uma cama fina desta "areia" de bolacha. De seguida, preparei o creme custard: dissolvi o preparado num pouco do leite frio, misturando bem com uma vara de arames. Adicionei depois o açúcar, e voltei a mexer. Acrescentei o restante leite, a manteiga, a casca de limão e o pau de canela. Coloquei a mistura num tacho, e levei a lume brando, mexendo sempre, até que o creme engrossasse e atingisse o ponto de estrada. Retirei a casca de limão e o pau de canela, e espalhei uma parte deste creme na taça de servir, por cima da camada de bolacha. Cobri o creme com mais uma camada de bolacha ralada. 
Descasquei a banana e cortei-a em rodelas finas, que dispus sobre a camada de bolacha. Derreti o chocolate, no micro-ondas, com um pouco de leite, até ficar cremoso. Cobri as rodelas de banana com um pouco deste creme de chocolate. Por cima coloquei mais uma camada de creme custard e, para finalizar, cobri com o restante creme de chocolate.
Levei ao frigorífico, e servi bem fresco, como sobremesa num jantar de aniversário.










terça-feira, 10 de junho de 2014

Gnocchi com molho de tomate, espinafres e cogumelos e cobertura de azeitonas e requeijão


Nunca fiz gnocchi caseiro, embora tenha muita vontade de experimentar. Um dia destes hei-de colocar "fazer gnocchi" na minha "lista-de-coisas-a-fazer-antes-de-morrer"! Quero fazer uma versão caseira, sobretudo, porque não aprecio muito as versões pré-cozinhadas que existem no mercado. Contudo, os gnocchi pré-cozinhados são muito práticos, pela rapidez com que se cozinham. Nessa medida, volta e meia trago uma embalagem destes gnocchi para casa. Hoje cozinhei-os com um delicioso molho de tomate, espinafres e cogumelos frescos, e para lhes conferir frescura, juntei requeijão e azeitonas pretas. Para comida "pré-fabricada", como lhe chamo, considero que não ficou nada mal! O molho que envolveu os gnocchi atenuou um pouco da sua textura meio "plástica", e o requeijão conferiu frescura e suavidade ao prato. Muito bom!

Usei:

Uma embalagem, de 500 gr, de gnocchi pré-cozinhados
1 pacote, com 250 ml, de polpa de tomate
Uma lata, pequena, de tomate pelado inteiro
Uma cebola pequena
Um dente de alho picado
Uma embalagem de cogumelos de Paris frescos, e laminados
Meia embalagem de espinafres congelados
Meio frasco de azeitonas pretas descaroçadas e cortadas em rodelas
Requeijão de vaca 
Sal, azeite e pimenta q.b.
Manjericão seco, orégãos secos e salsa fresca q.b.
Uma pitada de açúcar amarelo

Fiz assim:

Cozinhei os gnocchi de acordo com as instruções da embalagem, isto é, num tacho destapado e em água a ferver, temperada de sal, até que os gnocchi subam à superfície. Depois escorri-os e reservei. Piquei a cebola e refoguei-a em azeite, até começar a ficar translúcida, e adicionei o alho picado, que deixei alourar. De seguida, juntei os cogumelos, depois de lavá-los, e deixei saltear até dourarem. Juntei os espinafres aos cogumelos, temperei de sal e pimenta, e deixei cozinhar até que ficassem macios. Nessa altura, juntei o tomate pelado desfeito em pedaços, e a polpa de tomate. Temperei com uma pitada de açúcar, manjericão seco e orégãos, e deixei cozinhar até o molho ficar espesso. Coloquei alguns gnocchi num prato fundo, rectifiquei os temperos do molho, e coloquei uma generosa porção deste molho de espinafres e cogumelos sobre os gnocchi. Desfiz o requeijão por cima do molho, juntei-lhe algumas azeitonas e salsa picada. 







sexta-feira, 6 de junho de 2014

Panqueca de banana e côco



Ontem vi esta maravilhosa receita no blog da Marmita, e soube, de imediato, que tinha de experimentá-la. E a urgência foi tal, que não consegui esperar mais do que umas horas. Eis o pequeno-almoço de hoje, baseado na receita da Marmita! Não tinha mirtilos, por isso usei bagas goji. Acrescentei à versão original umas sementes de chia e de linhaça, e ajustei as quantidades, porque fiz apenas para mim. É tão bom, que não quis partilhar. Só convosco! ;)

Usei:

Uma banana madura
Um ovo
Côco ralado q.b.
Uma pitada generosa de canela em pó
Uma colher de sopa de bagas goji
Uma colher de café de sementes de chia
Uma colher de café de sementes de linhaça moídas
Óleo de girassol q.b.
Maple Syrup q.b. + extra bagas goji, côco e canela para polvilhar


Fiz assim:

Esmaguei a banana com o garfo, adicionei o ovo previamente batido, e as sementes. Depois fui adicionando côco ralado, mexendo sempre com um garfo, até obter uma mistura consistente, sem estar demasiado líquida. Adicionei uma pitada de canela em pó, e as bagas goji. Entretanto, aqueci cerca de uma colher de chá de óleo de girassol numa frigideira anti-aderente, e nela coloquei colheradas da mistura. Deixei cozinhar, em lume brando, até começar a borbulhar. Com a ajuda de uma espátula, virei a panqueca,  e deixei cozinhar do outro lado, até dourar. Retirei para um prato, reguei com um pouco de maple syrup, polvilhei com mais canela, mais algumas bagas goji, e côco ralado. Depois, foi tempo de saborear! :)


domingo, 18 de maio de 2014

Bolo Salgado de Curgete e Queijo


As previsões meteorológicas indicam que, a partir de amanhã, as temperaturas vão descer bastante. O frio vai voltar em força, assim como a chuva, em algumas zonas do país. A minha região vai ser uma das felizes contempladas, com descidas de temperatura na ordem dos 10º a menos daquelas que registamos nos últimos dias. Mas isso só está previsto acontecer amanhã. Por hoje, temos sol, e há que celebrá-lo, com receitas práticas que se comem na varanda, à luz dourada dos raios de sol que nos iluminam, como este bolo salgado,  perfeito para o brunch de domingo. 
A receita original encontra-se na revista "Blue Cooking", n.º 36, Março de 2009, e é fabulosa, assim como toda a revista, que adoro! A minha versão é ligeiramente diferente. Fi-la assim:

Usei:

1 chávena de farinha de trigo
1 chávena de farinha de trigo integral
1 colher de chá de fermento
1/3 da chávena de leite magro
1/2 chávena de azeite extra-virgem
1 ovo
Uma curgete média
1 chávena de queijo emmental ralado
Meia colher de chá de sal refinado
Uma pitada de pimenta preta
Uma colher de sopa de sementes de chia


Fiz assim:

Pré-aqueci o forno a 180º. Lavei bem a curgete, retirei as extremidades, e cortei-a em fatias finas. Coloquei as fatias de curgete no robot de cozinha e triturei, até que ficassem completamente raladas. Juntei-lhe o ovo, o leite e o azeite, e voltei a triturar. De seguida, adicionei as farinhas, o fermento, as sementes de chia, o queijo, o sal e a pimenta, e misturei bem, até que todos os ingredientes se fundissem. 
Coloquei este preparado numa forma de silicone rectangular, e levei ao forno, durante uma hora. Servi morno, com tomate cereja, queijo de cabra fresco, e salada de alface com agrião e rúcula. 




domingo, 4 de maio de 2014

Queques de Cenoura e Iogurte


A inspiração para estes queques veio do livro da Mafalda Pinto Leite, "Cozinha Para Quem Não Tem Tempo" (p. 213), e foram o remate perfeito para o brunch deste domingo! 
Efectuei algumas alterações à versão original, nomeadamente o facto de ter trocado parte da farinha por farinha integral, a manteiga sem sal por creme de soja para barrar, e a noz-moscada e a pimenta da jamaica por uma mistura de especiarias para pão. 
Os queques ficaram muito macios, com uma textura fresca e húmida. 

Usei:
(para 16 queques)

Uma chávena de farinha de trigo sem fermento
3/4 da chávena de farinha de trigo integral
3/4 da chávena de açúcar amarelo
1 colher de chá de canela
1 colher de chá de mistura de especiarias para pão
1 colher de chá de fermento em pó
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
1/2 colher de chá de sal refinado
1 iogurte natural magro
4 colheres de sopa de creme de soja para barrar
1 ovo
5 cenouras lavadas e raladas

Fiz assim:

Lavei muito bem as cenouras, cortei-as em rodelas finas, e triturei-as no robot de cozinha. Acrescentei as farinhas, as especiarias, o fermento, o bicarbonato, o sal e o açúcar, e misturei tudo. Juntei a esta mistura o creme de soja, previamente derretido, durante 30 segundos, no micro-ondas, o iogurte e o ovo. Triturei tudo, e coloquei 3 colheres de sopa desta mistura em cada forminha de papel plissado. Levei os queques ao forno, pré-aquecido a 160º, durante 20 minutos. 
O cheiro a canela e especiarias espalhou-se pela casa, enquanto os queques coziam no forno.
Adoramos!





segunda-feira, 28 de abril de 2014

Risone com ervilhas, "bacon" e salsicha de soja



O tempo é um dos bens imateriais mais preciosos de que dispomos. Muitas vezes dou por mim a pensar que não tenho tempo para isto, ou para aquilo. Almejo por dias mais longos, por mais tempo. Mas o dia mantém as 24h, a semana os 7 dias, e o tempo vai passando, foge, esconde-se, evapora-se. Isto tudo para dizer que há demasiado tempo que não escrevia nada aqui. Tudo por causa da escassez de tempo, da dificuldade em conciliar os diversos espaços-tempo. Não prometo ser muito assídua nos próximos tempos. Tempos que serão de trabalho e estudo árduos. Tudo em nome de, passados estes tempos mais tumultuosos, volte a ter maior disponibilidade de... tempo!
Esta receita é óptima para poupar tempo! A ideia é oriunda de um dos programas televisivos da Nigella Lawson, "Nigelissima", e conquistou-me de imediato: uma espécie de risotto, mas que demora metade do tempo (sempre ele, o fantasma do tempo!) a preparar? É mais do que perfeito para este meu tempo! 
A Nigella fez a receita com bacon e ervilhas. Eu optei por uma deliciosa versão vegetariana!

Usei:
(para duas pessoas)

Uma chávena + meia de massa pevide risone
2 chávenas de água a ferver
1 caldo de legumes biológico
Uma chávena de mistura de ervilhas e cenouras baby congeladas
Uma fatia de "bacon" vegetariano
2 salsichas de soja em lata
Uma tira de pimento vermelho
Sal e pimenta preta q.b.
Azeite suficiente para cobrir o fundo de um tacho de tamanho pequeno
Uma cebola picada
Dois dentes de alho picados
Uma colher de sobremesa de manteiga magra
Um punhado de salsa picada
Uma colher de sopa de parmesão ralado


Fiz assim:

Refoguei a cebola no azeite, em lume brando, até que ficasse translúcida. Acrescentei então o alho picado e a mistura de ervilhas com cenoura, o "bacon" cortado em tiras finas, e as salsichas em rodelas. Temperei com o caldo de legumes, acrescentei o risone, e envolvi bem. Reguei com a água a ferver, acrescentei um pouco de sal e de pimenta, e deixei cozinhar durante 12 minutos, mexendo de vez em quando. Findo este tempo, acrescentei o pimento vermelho, salsa picada, a manteiga e o queijo ralado. Envolvi estes ingredientes no tacho, até que a manteiga e o queijo se fundissem nos restantes ingredientes. Servi de imediato, bem quente. 
Eu adorei, e o senhor cá de casa também. Será algo a repetir, e muitas vezes! Quiçá até com outros ingredientes... Assim haja vontade... E tempo! :)






sábado, 22 de março de 2014

Linguini com Curgete e Limão



Por aqui, a Primavera chegou mascarada de Inverno, com o regresso do frio e da chuva, o que convidava a um fim de semana de lareira acesa e chocolate quente.  Mas hoje a chuva só apareceu durante a manhã, e na hora de almoço o sol atreveu-se e fez a tarde sua. Para saudá-lo, preparei esta  receita de massa, leve como a Primavera, e saborosa como o toque do sol na pele.

Usei:

Uma curgete média
Um tomate
Uns pézinhos de salsa
1 dente de alho
Queijo parmesão
Sumo e raspa de meio limão
Azeite q.b.
Linguini integral
Água 
Sal e pimenta preta


Fiz assim:

Comecei por cozer o linguini, em água a ferver temperada de sal, durante 15 minutos, e reservei. Com a ajuda de um descascador, cortei fatias finas de curgete, que temperei com sumo de limão, sal e pimenta preta. Descasquei o alho, piquei-o, e refoguei-o muito ligeiramente no azeite, numa frigideira larga. Juntei a curgete em fatias, e salteei até que a curgete amolecesse, mas sem que se desfizesse. 
Entretanto, lavei o tomate, cortei-o em gomos, e dispu-lo numa saladeira. Escorri o linguini, juntei-o ao tomate, verti por cima um fio de azeite, para ligar os sabores, e envolvi bem. Acrescentei as fatias de curgete, a raspa de limão, a salsa picada, e por cima ralei um pouco de queijo parmesão.
Ficou muito saboroso!

sábado, 8 de março de 2014

Biscoitos Crocantes de Amendoim e Chocolate




Num das minhas deambulações por blogosfera fora, tropecei nesta receita. Fiquei logo tentada a experimentá-la. Reparei que tinha todos os ingredientes em casa, excepto os amendoins. Poderia tê-los trocado por outro fruto seco que abundasse cá em casa, como cajús, amêndoas, avelãs ou nozes. Mas decidi esperar por uma ida às compras e adquirir os amendoins, pois há muito tempo que ansiava por testar a combinação de chocolate com amendoim. Valeu a pena a espera. Amendoim e chocolate resultam realmente bem em conjunto, e os biscoitos ficaram óptimos: crocantes, mas macios por dentro, não demasiado doces, nem salgados. Perfeitos para os lanches da semana!

Fiz algumas alterações à receita original. Eis o modo como a realizei:

Usei:

50 gr de creme de soja para barrar
50 gr de manteiga de amendoim
75 gr de açúcar mascavado doce
75 gr de farinha de trigo com fermento
75 gr de farinha de trigo integral
75 gr de flocos de aveia
100 gr de chocolate para culinária, com 70% de cacau
100 gr de amendoins descascados, ao natural 
1 ovo

Fiz assim:

No processador de cozinha, piquei os amendoins, o chocolate e a aveia. Não deixei que se reduzissem a pó, apenas que ficassem em pedaços mais pequenos. Numa taça, bati as manteigas com o açúcar, até formar um creme. Adicionei o ovo e a farinha, e bati novamente, até incorporar estes ingredientes no creme. Por fim, juntei os amendoins, o chocolate e a aveia. Com a ajuda de uma colher de sobremesa, dispus pequenos montinhos de massa num tapete de silicone com que forrei um tabuleiro de ir ao forno. Levei o tabuleiro ao forno, pré-aquecido a 180º, durante 15 minutos. Depois, repeti a operação, até que a massa se esgotasse. Obtive cerca de 25 biscoitos (quando me lembrei de contá-los, já tinha comido dois ou três... ;)

Bom fim de semana!


domingo, 2 de março de 2014

"O" Bolo de Chocolate


A minha paixão por chocolate já foi proclamada vezes sem conta neste blog. Este meu gosto exacerbado por este ingrediente tão peculiar leva a que, sempre que penso em fazer um bolo ou uma sobremesa, a primeira imagem que me ocorre é o chocolate. Nesta tarde preguiçosa e chuvosa de domingo, estes pensamentos assolaram-me. Primeiro, o de fazer um bolo, para saborear no sofá, envolta numa manta, com uma chávena de café numa mão, um livro na outra, e as chamas intensas da lareira como pano de fundo. O segundo pensamento seguiu-se de imediato: bolo de chocolate, pois claro! 
Considero que esta é uma receita que roça a perfeição: o bolo fica muito fofo, com imenso creme de chocolate, húmido, absolutamente delicioso, e fica pronto em menos de... Dez minutos! É, ou não, perfeito?

Usei:

Uma chávena de açúcar amarelo
Uma chávena de farinha de trigo com fermento
1 pacote de chocolate em pó
Meia chávena de óleo de girassol
Meia chávena de café solúvel
Uma chávena de leite morno
4 ovos inteiros

Fiz assim:

Bati os ovos com o açúcar, até que o açúcar se dissolvesse. Juntei depois o leite (previamente aquecido no micro-ondas, durante 30 segundos, em potência média), o café previamente preparado e frio e o óleo. Adicionei o chocolate, e bati novamente, até o chocolate se incorporar na mistura. Depois envolvi a farinha, com a ajuda de uma espátula, no creme. Verti o preparado para uma tarteira em pirex, sem buraco, e sem estar untada. Levei ao micro-ondas, na potência máxima, durante 6 minutos e meio. E está pronto! Não resisto a cortar uma bela fatia, repleta de creme, enquanto o bolo está morno... Nham! :)

Pode polvilhar-se com canela, cacau, ou açúcar em pó. Já experimentei todas as versões, e fica muito bem com qualquer uma das combinações. Hoje optei pelo açúcar em pó. Uma vez mais, não fiquei desiludida! 

Há chuva, há lareira, há manta, há bolo de chocolate... 

Bom domingo!








domingo, 23 de fevereiro de 2014

Quiche de Espinafres, Tomate e Queijo Brie


Ontem recuperei um hábito que perdi há alguns anos: fazer a minha própria massa para quiches e tartes salgadas! Com a facilidade proporcionada pelo acesso simplificado às massas já prontas a desenrolar que encontramos em diversos supermercados, deixei de fazer a massa, e tenho optado por usar massas de compra, que são, sem dúvida, muito práticas. Mas não sabem ao mesmo, isso também é verdade.
A receita da quiche encontra-se no livro "Quiches e Salgados", da colecção "Le Cordon Bleu", uma colecção que simplesmente adoro!
Adaptei a receita original aos ingredientes que tinha em casa: troquei as natas por natas de soja, e a cebola e cebolos por dois talos de alho francês.
Aqui fica a minha versão desta deliciosa tarte salgada:

Para a massa:

100 gr de farinha de trigo
50 gr de farinha de trigo integral
75 gr de manteiga magra
60 ml de água
Uma pitada de sal refinado
Uma colher de chá de orégãos

Para o recheio:

30 gr de manteiga magra
Dois talos de alho francês, bem lavados e cortados em rodelas finas
200 gr de espinafres congelados, já descongelados
1 ovo médio
200 ml de natas de soja para culinária
1 queijo brie (200 gr)
1 tomate maduro, cortado em fatias finas
Sal e pimenta preta moída

Fiz assim:

Para fazer a massa, coloquei todos os ingredientes no processador de cozinha, e triturei durante uns 30 segundos, até que a massa formasse uma bola. Retirei-a do copo, levei-a para uma superfície plana, polvilhada com farinha, e com ajuda de um rolo da massa untado com azeite, estendi-a. Depois forrei uma tarteira com esta massa. Piquei a massa com um garfo, e levei-a ao forno, pré-aquecido a 180º, durante 10 minutos. Neste período de tempo, preparei o recheio.
Comecei por refogar, numa frigideira, o alho francês na manteiga previamente derretida, até o alho ficar translúcido e mole. Acrescentei os espinafres, e temperei com sal e pimenta. Deixei cozinhar até que os espinafres estivessem cozidos, e a mistura de ingredientes ficasse seca. Cortei o queijo em fatias finas. Com papel de cozinha, sequei as rodelas de tomate. Retirei a massa do forno, e comecei a montar o recheio: primeiro a mistura de alho francês com espinafres, depois as fatias de queijo e, por fim, as rodelas de tomate. Misturei as natas com o ovo, temperei com sal e pimenta, e verti o preparado para a tarteira, de modo a cobrir o recheio. 
Levei ao forno durante 30 minutos. Servi com uma salada de alface, rúcula e canónigos.